4 de novembro de 2012
dama melancólica
ela fica ali sentada
bebendo vinho
enquanto seu marido
está no trabalho.
ela considera
de suma importância
que seus poemas sejam
publicados
nas pequenas
revistas.
possui dois
ou três de pequenos
volumes de sua poesia
mimeografados.
tem dois ou
três filhos
com idades que vão
de 6 a 15.
já não é mais
a linda mulher que
costumava ser. manda
fotos em que aparece
sentada sobre uma pedra
junto ao oceano
sozinha e condenada.
podia ter estado com ela
uma vez. me pergunto
se ela acha que eu
poderia salvá-la?
em todos os seus poemas
seu marido jamais
é mencionado.
mas costuma
falar sobre seu
jardim
assim sabemos que está
lá, de alguma maneira,
e que talvez ela
trepe com os botões de rosa
e os tentilhões
antes de escrever
seus poemas.
by buk
4 de março de 2012
homunculo
uma mutação, quem sabe uma idéia?
coisas que estavam enterradas
levantam e nos perseguem no escuro
criaturas que sairam de dentro de mim
eu durmia, durmia como quem não acordaria jamais
em paz eu dormia
mas minha paz...minha paz era tua quiméra
e nossos monstros foram crescendo
nos consumindo silenciosamente
e agora eu olho esses seres
que roubaram meu lugar no espelho
e eu percebo...que eu me perdi...
onde eu estava? onde tudo se perdeu?
bom...pelo menos pude sentir o sangue quente correndo
senão eu nem veria as feridas
me vi ali no chão
sendo devorado pelos vermes
gerados no meu próprio ventre
e fez-se silencio como não fazia a uma vida
um silencio brutal
como se o tempo parasse
como se nada existisse
nem sonhos... nem palavras...
ao fim do banquete
levanto devagar com meus pedaços
ou que restou deles
meio incompleto pois fui ruído
pelos meus pequenos homunculos
e continuo descendo a rua
meio sem rumo, mas continuo
mas continuo.
coisas que estavam enterradas
levantam e nos perseguem no escuro
criaturas que sairam de dentro de mim
eu durmia, durmia como quem não acordaria jamais
em paz eu dormia
mas minha paz...minha paz era tua quiméra
e nossos monstros foram crescendo
nos consumindo silenciosamente
e agora eu olho esses seres
que roubaram meu lugar no espelho
e eu percebo...que eu me perdi...
onde eu estava? onde tudo se perdeu?
bom...pelo menos pude sentir o sangue quente correndo
senão eu nem veria as feridas
me vi ali no chão
sendo devorado pelos vermes
gerados no meu próprio ventre
e fez-se silencio como não fazia a uma vida
um silencio brutal
como se o tempo parasse
como se nada existisse
nem sonhos... nem palavras...
ao fim do banquete
levanto devagar com meus pedaços
ou que restou deles
meio incompleto pois fui ruído
pelos meus pequenos homunculos
e continuo descendo a rua
meio sem rumo, mas continuo
mas continuo.
10 de fevereiro de 2012
8 de outubro de 2011
poema de morrison
Eis que a noite retorna com suas púrpuras legiões
Recolham-se às tendas & aos devaneios
Amanhã entraremos na cidade onde nasci
Quero estar preparado
poema de jim morrison
Recolham-se às tendas & aos devaneios
Amanhã entraremos na cidade onde nasci
Quero estar preparado
poema de jim morrison
6 de setembro de 2011
o que restou de mim
o que restou de mim
queria voltar pro inicio
queria achar um jeito
um jeito de esquecer
o que restou de mim
queria sumir por um tempo
tempo o bastante
para não tocar nada, não ver nada
não ser nada
o que restou
do que não é mais
sou eu tentando fugir
do que restou de mim
o que restou de mim
é só oque restou pra ser
mesmo assim...
sem querer
ser...
e ser...
oque restou de mim
não é nada mais...
do que não querer ser
oque restou de mim.
queria voltar pro inicio
queria achar um jeito
um jeito de esquecer
o que restou de mim
queria sumir por um tempo
tempo o bastante
para não tocar nada, não ver nada
não ser nada
o que restou
do que não é mais
sou eu tentando fugir
do que restou de mim
o que restou de mim
é só oque restou pra ser
mesmo assim...
sem querer
ser...
e ser...
oque restou de mim
não é nada mais...
do que não querer ser
oque restou de mim.
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